Ranking 2024
46/ 180
Nota: 69,8
Indicador político
46
64.44
Indicador econômico
53
52.75
Indicador legislativo
47
72.94
Indicador social
60
69.98
Indicador de segurança
44
88.86
Ranking 2023
41/ 180
Nota: 72,05
Indicador político
52
64.20
Indicador econômico
51
55.04
Indicador legislativo
27
80.32
Indicador social
68
73.86
Indicador de segurança
35
86.83

A liberdade de imprensa na Itália continua a ser ameaçada por organizações mafiosas, particularmente no sul do país, bem como por vários pequenos grupos extremistas que cometem atos de violência. Os jornalistas se queixam também de uma tentativa da classe política de impedir a informação gratuita em questões judiciais através de uma “lei da mordaça” – a “legge bavaglio” –, que se soma aos processos-mordaça (SLAPP) comuns no país.

Cenário midiático

O panorama midiático italiano é desenvolvido e inclui uma ampla gama de meios de comunicação que garantem uma diversidade de opiniões. O setor audiovisual é composto por vários canais de televisão (por exemplo, RAI1) e rádios públicas generalistas, bem como um grande número de meios de comunicação privados. A mesma diversidade caracteriza a imprensa escrita, que inclui quase vinte diários (Corriere della Sera, La Repubblica, etc.), cerca de cinquenta semanários (L'Espresso, Famiglia Cristiana, etc.), além de inúmeras revistas e diversos sites de notícias.

Contexto político

Os jornalistas italianos trabalham, em geral, num clima de liberdade. No entanto, os profissionais da informação às vezes cedem à autocensura, seja por causa da linha editorial seguida por seus meios de comunicação, seja pelo medo de possíveis ações na justiça, como denúncias de difamação. Isso pode ser agravado, para os jornalistas especializados em assuntos policiais e de justiça, pela “legge bavaglio”, defendida pela maioria da Primeira-Ministra Giorgia Meloni, que proíbe a publicação de uma ordem de detenção provisória até o final da audiência preliminar.

Quadro jurídico

Uma certa paralisia legislativa está dificultando a aprovação dos diversos projetos de lei que vêm sendo propostos para preservar e até melhorar o livre exercício da profissão jornalística. Essa situação explica em parte as limitações que alguns repórteres enfrentam em seu trabalho. A criminalização da difamação e inúmeros processos-mordaça ameaçam o livre exercício do jornalismo.

Contexto económico

A mídia depende cada vez mais das receitas publicitárias e de quaisquer subsídios públicos, devido à crise econômica. A imprensa escrita também enfrenta uma queda gradual nas vendas. O resultado é uma precariedade crescente que mina perigosamente o jornalismo, o seu dinamismo e a sua autonomia. 

Contexto sociocultural

A polarização da sociedade durante a pandemia de Covid-19 afetou os jornalistas, vítimas de agressões verbais e físicas durante certas mobilizações contra as medidas sanitárias. Esta polarização persiste e se cristaliza em torno de questões políticas ou ideológicas ligadas aos acontecimentos atuais. 

Segurança

Jornalistas que investigam o mundo do crime organizado, da corrupção e das máfias são sistematicamente ameaçados e até agredidos fisicamente por causa de seu trabalho investigativo. Seu veículo ou sua residência são às vezes destruídos por um incêndio criminoso. Campanhas de intimidação online são orquestradas contra aqueles que aprofundam estas temáticas. Cerca de vinte jornalistas vivem atualmente sob proteção policial permanente após intimidações ou agressões.